Vinculado à Universidade Católica Dom Bosco – UCDB, uma das mais proeminentes instituições de educação e conservação de Mato Grosso do Sul, o Museu das Culturas Dom Bosco – MCDB teve seu início com os salesianos em 1951, embora seu acervo tenha começado na década anterior. As coleções mais antigas datam do início da década de 1940, resultado da coleta feita por padres salesianos, muito presentes entre os povos indígenas do norte e centro-oeste brasileiro. Dessa forma, o contato com etnias como Tukano, Terena, Bororo, Xavante, Karajá e Guató possibilitou aos padres coletar artefatos únicos que estão disponíveis para serem apreciados no MCDB. Um dos personagens que mais se destaca nas coleções é o Padre João Falco, um salesiano que dedicou grande parte de sua vida ao museu. Ele foi responsável por adquirir, seja por compra, troca ou coleta, grande parte da exposição de ciências naturais, além de ter classificado e nomeado inúmeras espécies de insetos.
Atualmente a exposição etnológica apresenta as seguintes coleções: Xavante; Karajá; Bororo; Povos do Rio Uaupés; Povos do Mato Grosso do Sul; Sala da Memória; Arqueologia. O público, participante do programa educativo, tem a oportunidade de presenciar três momentos diferentes durante a visita mediada, nos quais são apresentados os protagonistas da história do museu e como a ciência tornou tudo isso possível. Então podem experienciar as vitrines planejadas para que os espectadores caminhem tal qual os indígenas da etnia Xavante em seus rituais. Podem também, observar os expositores organizados de acordo com as diferentes famílias que se dividem nas aldeias Bororo, ou mesmo a vitrine circular que coloca o visitante sob o olhar das bonecas fúnebres utilizadas nos rituais feitos por povos indígenas habitantes da região do Rio Uaupés na Amazônia.
O rico acervo da exposição de ciências naturais conta com múltiplos focos e ampla interatividade entre os visitantes, os educadores do museu e o espaço em que estão. As coleções se dividem entre: Vertebrados; Invertebrados; Mineralogia; Paleontologia. Cada coleção tem suas próprias subseções, visando uma maior organização. Os espectadores são apresentados a uma variada coleção de insetos, como as vívidas borboletas ou os besouros de cor verde metálica que estão próximos às conchas de formato único, enquanto observam os majestosos pássaros empalhados empoleirados. Mais a frente o público pode observar a coleção de minerais expostos em forma circular na parede, onde a variedade mineral pode ser apreciada.
Os visitantes do Museu das Culturas Dom Bosco têm a oportunidade de ver fósseis brasileiros expostos, como os peixes que viveram há milhões de anos atrás ou o pequeno dinossauro brasileiro: o Mesosaurus brasiliensis. Ainda mais velha, a Corumbella werneri é a forma de vida mais antiga já encontrada nas Américas e é nomeada à cidade de Corumbá, cidade sul-matogrossense. Há também os animais empalhados: vívidas espécimes de animais regionais, posicionados para que pareçam ainda estar in natura de forma que possam ser vistos através de perspectivas únicas para cada visitante, que se encontra presente.
Além das coleções discutidas aqui, há muito mais para ser experienciado ao vivo, com a monitoria de nossos educadores, ou online, à partir do canal do Museu das Culturas Dom Bosco no Youtube, que tem aumentado seu alcance após o início da pandemia.
Visite o canal no Youtube do MCDB aqui:
Texto por Matheus Mota
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