Corumbella – o fóssil sul-mato-grossense!

Corumbella werneri. Esse é o nome de um organismo pluricelular considerado um dos pioneiros na evolução da vida no planeta. Seu nome se dá graças à cidade na qual o primeiro registro de sua existência foi descoberto: Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Desta forma, o significado literal de seu nome é “A Bela de Corumbá”. Em 2017, pesquisadores de várias partes do globo foram até esta cidade para estudar e conhecer um pouco mais este fóssil. A Corumbella pode ter sido um dos primeiros animais capazes de sintetizar partes duras em um contexto em que predadores ativos ainda estavam se estabelecendo. Ou seja, antes dela, somente seres com unicelulares como algas e bactérias habitavam a terra. Este simpático predador era habitante dos fundos marinhos, se mantendo ancorado ao “chão”.

Corumbela werneri em exposição no Museu das Culturas Dom Bosco. Fotografia: Giovani Neves de Souza. Arquivo Documental MCDB/UCDB, 2021.

O pesquisador alemão Detlef Walde, que descobriu a Corumbella, fala sobre a importância desse achado “É o organismo multicelular, o primeiro que temos no mundo inteiro e ela conta para nós uma parte da evolução biológica. Há cerca de 550 milhões de anos apareceu essa primeira forma aqui em Corumbá. Depois, houve outros achados na China, África, Estados Unidos, mas a nossa Corumbella é a mãe de todas.” Para podermos ter uma noção da importância desse fóssil, os dinossauros que são os mais comentados, têm idade de aproximadamente 60 milhões de anos enquanto a Corumbella tem aproximadamente 550 milhões.

Corumbela werneri em exposição no Museu das Culturas Dom Bosco. Fotografia: Giovani Neves de Souza. Arquivo Documental MCDB/UCDB, 2021.

Em 2013, a Corumbella já havia movimentado a cidade de Corumbá através de um evento que reuniu estudiosos de 15 países. Você pode aprender sobre este artefato e muitos outros no Museu das Culturas Dom Bosco! O MCDB conta com exemplares da Corumbella à mostra na exposição de Paleontologia e, além de poder ver com seus próprios olhos um dos fósseis mais antigos das américas, você também pode contar com os mediadores que estão sempre à disposição e têm muitas curiosidades para contar.

Texto de Kézia Dias. Edição por Matheus Mota

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