Yuko Mohri é uma artista visual japonesa que nasceu em Kanagawa, em 1980; mas atualmente vive em Tóquio. Suas instalações são repletas de movimentos e mecanismos que se formam através de objetos comuns, de uso doméstico. Essa ressignificação e releitura de um elemento do cotidiano como algo a ser admirado se pauta, principalmente, na filosofia japonesa do You-no-bi. O conceito do filósofo Soetsu Yanagi parte do encontro da beleza nos objetos cotidianos.
Portanto, as obras cinéticas são um misto da cultura tradicional do Japão com a experimentação da arte contemporânea. Dessa forma, a artista busca propor um encontro entre os objetos ordinários e o mundo energético invisível. Este, segundo ela, consiste da gravidade, do magnetismo, do vento e da luz.
Sendo assim, Yuko Mohri cria esculturas que se transformam quando em contato com o ambiente no qual são colocadas. Portanto, suas instalações tem quase uma vida própria já que se alteram em movimentos que independem da artista: são imprevisíveis, entregues à própria sorte.
De acordo com a artista, suas produções devem ser observadas a partir de quatro principais pilares. O primeiro é a coincidência, as coisas que aconteceram por acaso. O segundo é o erro, aquilo que não deveria ter acontecido. O terceiro é o destino e a previsão do que vai acontecer. E, por último, o quarto é o silêncio do que não aconteceu na obra.
No vídeo abaixo, Yuko Mohri fala sobre o papel da experiência na construção de suas obras. Ele faz parte da série “Entre-Tempo: Vistas de Tóquio”, que a Japan House desenvolveu.
“Parade – um pingo pingando, uma conta, um conto: A transitoriedade e a impermanência das esculturas cinéticas de Yuko Mohri, reconhecida artista japonesa”.
De 31 de agosto a 14 de novembro de 2021, rolou na Japan House, em São Paulo, a exposição individual da artista intitulada “Parade – um pingo pingando, uma conta, um conto”. Assim, o ponto de partida foram duas de suas principais obras “Parade” e “Moré moré”. Inclusive, a roda de conversa com a artista está disponível no canal do museu, recomendo!
Então, para saber mais sobre a artista, acesse o seu site.
Foto de Capa: Vimeo