Nascido em Praga em 1935, filho de uma Eslava (Tcheca) e de um Judeo, Jan Saudek é um sobrevivente do Holocausto. Iniciou sua carreira como aprendiz de fotógrafo e pintor no início dos anos 50, com apenas 15 anos.
Após o término da Segunda Guerra, um governo dominado pelos comunistas ganhou poder e, segundo a sua biografia, foi imposto que Saudek trabalhasse em uma gráfica. E assim foi até 1983.
Porém, em 1963, inspirado pelo catálogo do fotografo americano Edward Steichen ‘s, “The Family of Man”, passou novamente a se dedicar para se tornar um fotógrafo de arte. Então, em 1969, Saudek viajou para os Estados Unidos, onde foi encorajado a continuar com seus projetos pelo curador Hugh Edwards, do Art Institute of Chicago.
De volta a Praga, Saudek teve que atuar como fotografo em um porão para evitar as atenções da polícia, já que seu trabalho abordava temas como corrupção, morte, símbolos políticos, erotismo, inocência e desejo, entre outros diversos temas controversos que, segundo o artista, retratavam nada além da complexa natureza humana.
A partir da junção da fotografia e da pintura, técnica quase sempre utilizada, Saudek apresentava narrativas construídas através de representações obscuras, incomodas e únicas para os padrões da época (e até mesmo para tempos atuais!). Não é por acaso que seu trabalho está nos acervos dos mais importantes museus do mundo, onde o artista foi tema de mais de 400 exposições individuais.