Sinopse da Palestra
Na obra da artista Maria Martins (1894-1973), surgem a partir do imaginário da floresta amazônica questões como a indiferenciação de corpos e gêneros, a indeterminação do desejo sexual, a impossibilidade da fusão amorosa e a compreensão feminil do erótico atormentado pela falta.
Nesta palestra, a autora do livro Maria Martins: escultora dos trópicos, Graça Ramos, abordará os trânsitos da escultura e da personalidade de Martins, assim como as trocas intelectuais-amorosas com Marcel Duchamp, a fim de ampliar o olhar em direção à personagem ainda deslocada na história da arte internacional.
Para rever cruzamentos e observar novos diálogos, Ramos propõe-se a pensar sobre a persistente auto-identificação com os trópicos amazônicos como vetor para o indeterminado. Deusas e monstros da artista tensionaram espaços de criação, possibilitando a artistas posteriores a expansão do conceito de “híbrido” na escultura.
Conheça a História do MASP
O Museu de Arte de São Paulo (MASP) foi inaugurado em 1947, inicialmente na Rua 7 de Abril, região central da cidade.
Idealizado por Assis Chateaubriand (1892-1968) e Pietro Maria Bardi (1900-1999), o lema da escolha pela construção de um museu em São Paulo foi combinar crescimento e modernidade com a imagem de uma cidade industrializada.
A princípio, o museu ocupa o segundo andar do prédio dos Diários Associados. A estrutura original proporcionava espaço para periódicos e exposições pedagógicas, mas ainda possui uma área simples com uma área total de cerca de 1.000 metros quadrados.
A arquiteta Lina Bo Bardi foi a responsável pela transformação do prédio para abrigar novos eventos.Além do espaço expositivo, há apenas uma biblioteca e um pequeno auditório.
Embora a escala ainda seja pequena, a inauguração do novo museu produziu uma resposta enorme.