O ato de benzer chegou ao Brasil pelas caravelas, em companhia dos Jesuítas, e rapidamente se espalhou pelo Brasil.
Em regiões mais precárias, que careciam de médicos e farmácias, eram a essas profissionais que recorriam para que cuidassem desde um mau-olhado até a partos.
Foram as mulheres que ganharam destaque como benzedeiras, já que tinham domínio de orações, conhecimento dos rituais e de ervas; incorporavam os saberes da cultura africana, indígena e europeia em seus ritos.
Elas representavam o poder feminino em suas comunidades e, durante muitos séculos, foram vítimas de preconceito e acusadas de charlatanismo. Perseguidas pelas escolas de Medicina, foram deslegitimadas, já que não possuíam estudo formal para a prática.
Somente em 2010 , fora aprovada a Lei 1.401, que reconhece o ofícios das benzedeiras como tradicional de saúde popular, garantindo-lhes o direito de exercer seus saberes e o livre acesso a coleta de plantas medicinais nativas.