A tradicional pintura coreana, chamada Minhwa, teve origem na Dinastia Joseon (1392-1910). No entanto, atingiu seu auge de popularidade nos séculos XVIII e XIX, período entre o início do declínio daquele governo autoritário e a ocupação do território pelo Japão. Até então, o Minhwa era feito por artistas da alta sociedade especialmente para decoração de palácios; mas passou a ser feito por pessoas anônimas, que foram responsáveis pela difusão da arte.
Minhwa é um reflexo do cotidiano, da cultura, do estilo coreano. É o desejo de expressar as próprias emoções e de tornar os ambientes ao redor mais bonitos através da pintura. O termo foi cunhado por Yanagi Muneyoshi, filósofo e crítico de arte japonês, e significa “pintura popular”.
Existem algumas categorias que dividem o Minhwa. A mais famosa é a chamada Chaekgeori, que consiste na pintura de livros, como uma referência ao conhecimento e à sabedoria. Mas há outras, como, por exemplo: Morando (representação de peônias, que simbolizam a riqueza e a paz e são consideradas as “Rainhas das Flores”), Hwajodo (pintura de flores e pássaros, geralmente em duplas a fim de simbolizar o amor e a fertilidade) e Munjado (pintura de personagens que representavam os princípios da moral de Confúcio).
Tradicionalmente, a pintura era feita com Boon chae, uma tinta mineral, misturada em Agyo, uma gelatina incolor de couro de burro. Então, aplicavam essa mistura no Hanji, um papel feito a partir de fibras de amoreiras.
“[Minhwa é] a imagem preenchida de felicidade”
Yong Soon-Choi, consagrada artista do Minhwa
Nos dias atuais, a estética do Minhwa ganhou novos espaços e novas leituras. Apesar disso, continua sendo atrelada à arte das pessoas comuns. Sendo assim, considerando que é um reflexo dos costumes da sociedade, é uma arte em constante transformação e reinvenção.
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Fonte: Korean Folk Art e TalkTalk Korea
