Em abril deste ano, a equipe da Cinemateca divulgou um manifesto em que alertava que o acervo da instituição estava em risco sem o devido monitoramento.
“A possibilidade de combustão espontânea do filme de nitrocelulose, e o consequente risco de incêndio, muitas vezes atraiu atenção da mídia e do público.
A organização enfrentou quatro incêndios em seus 74 anos de existência, sendo o mais recente em 2016. Cerca de 500 obras foram destruídas.
Nesta quinta-feira, 29, o galpão que continha o acervo da Cinemateca de São Paulo, localizado na Vila Leopoldina, zona oeste da Cidade foi destruído por um incêndio.
De acordo com o corpo de bombeiros, o incêndio começou após serviços de reparo de ar condicionado. O fogo estava muito fote, o galpão queimou por quase duas horas.
O incêndio foi controlado por volta das 20h, sendo improvável que se espalhe para novos locais. Não há registros de vítimas.
Ainda não está claro quanto material havia no galpão de queima e quanto foi perdido no incêndio de hoje. Pelo menos três quartos devem ter sido totalmente atingidos.
O acervo da Cinemeteca é o maior museu audiovisual do Brasil e da América Latina, com documentos que datam do século XIX. A coleção de filmes da instituição totaliza mais de 250.000 volumes.
Muitos originais não têm cópias porque são antigos, mas algumas das coleções não estão nos edifícios afetados hoje.
O acervo da Cinemateca inclui filmes e programas de TV antigos, além de registros públicos brasileiros, como os de ex-presidentes.
Foto: Incêndio atingiu galpão da Cinemateca Brasileira na Zona Oeste de São Paulo Imagem: Reprodução/Twitter