Lendas incríveis nas correspondências entre Mario de Andrade e Câmara Cascudo

Mário de Andrade que além de modernista, poeta, crítico literário, escritor, musicólogo, fotógrafo, ensaísta, era também folclorista se correspondeu através de cartas, por mais de 20 anos com Luís da Câmara Cascudo que além de historiador, antropólogo, escritor, foi um super pesquisador do folclore e etnografia do Brasil, dois seres singulares que nos deixaram tesouros maravilhosos. Imaginem essas correspondências quanta riqueza trocaram, quantas histórias. 

Vamos valorizar nossas tradições e cultura? Tomemos fôlego para recordar alguns personagens folclóricos que povoam nossa imaginação desde crianças. Nossa memória é construída com esses contos fantásticos e lendas folclóricas que ouvimos e nunca mais deixamos escapar de nossas lembranças. 

Como esquecer do querido Saci, símbolo brasileiro, nosso Matita Perê! Não é lenda não, ele existe! Temos até a Sociedade de Observadores do Saci, quem faz parte dessa Sociedade e chamado de Saciólogo. Menino travesso, apronta com pessoas e animais, segue vivo  com sua carapuça mágica.

Cuidado com a Cuca que a  Cuca te pega! Outra personagem inesquecível, uma velha bruxa com corpo de jacaré e garras imensas. A lenda conta que ele tira uma soneca a cada 7 anos e seu grito é muito poderoso, pode ser ouvido a quilômetros de distância!

A linda Iara, nossa pequena grande Sereia, mãe das águas, hipnotiza os homens com seu canto, os leva para o fundo do mar!

Caipora ou Curupira, o protetor das matas. É um indiozinho de cabelos vermelhos e os pés virados para trás, assim pode despistar os caçadores e proteger os animais e nossa floresta!

Como protetor dos campos, temos o Boitatá, termo tupi-guarani. É uma cobra gigante, cobra de fogo que se vinga de quem destrói nossas florestas! 

A Mula-sem-cabeça, a lenda conta que uma mulher recebeu essa maldição por ter namorado um padre. Ela aparece assombrando as pessoas, o lugar da cabeça é formado por chamas.

O Lobisomem faz parte também de uma maldição, o sétimo filho que em noite de lua cheia se transforma em um ser metade homem, metade lobo, assombra 7 vilas, 7 pátios e 7 encruzilhadas! 

Por fim, a lenda da vitória-régia. Uma indiazinha que se chamava Naiá, era apaixonada pela lua e sonhava em virar estrela. Certo dia, vê o reflexo da lua no rio, resolve mergulhar pensando que chegaria perto da lua, acaba se afogando. A lua se compadece da indiazinha e a transforma em vitória-régia, uma flor muito grande, encontrada na região amazônica. Dizem que ela abre as pétalas, apenas quando a lua aparece no céu.

Texto: Andrea Ferres Valverde

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