A festa do vaqueiro Raimundo Jacó acontece no sítio Lajes, zona rural
de Serrita/PE. Raimundo Jacó era vaqueiro e tinha grande manejo com o gado,
certo dia saiu em busca de uma novilha na caatinga no mesmo sítio em que
morava, não retornando para casa as pessoas começaram a procurá-lo.
Segundo (MELLO, 2012, p.66) Em manhã clara de 1954, o cavalo de Jacó
voltou do campo com o sol ainda alto, arrastando a corda, sela vazia. O curral
se agitou. Seguem homens no rastro riscado pelo nó da corda. Caminhada
penosa até um centro de caatinga no miolo das Lajes. Latidos. O cachorro de
Jacó, diz alguém. E a tragédia se desenha afinal. Caído ao chão, o vaqueiro
parece dormir, não fora pelos olhos sem luz e pelo sangue empastando os
cabelos. Junto ao corpo o cachorro segue firme na guarda inútil.
Jacó ao ter sido encontrado morto, causa grande sensibilidade e
comoção nas pessoas que o conheciam, por sua vez, esses sujeitos procuram
um culpado para sua morte, colocando como suspeito do possível crime, seu
companheiro de trabalho Miguel Lopes, pois teria sido a última pessoa a ter
contato com o morto, entretanto, o crime nunca foi comprovado. Com o passar
dos anos a morte de Raimundo Jacó ainda era palco de discussões, talvez pelo
fato do vaqueiro morto ser primo do famoso Luiz Gonzaga. O padre João
Câncio ao saber da história, teve a ideia de realizar a missa do vaqueiro de
“morte impune”, contribuindo para que mais adiante se tornasse a festa do
vaqueiro de Serrita- PE.
Este texto não reflete necessariamente a opinião do Click Museus.
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