A FESTA DO VAQUEIRO RAIMUNDO JACÓ EM SERRITA – PE

Estátua do Vaqueiro Raimundo Jacó, em Lajes, Serrita PE
Fonte: Arquivo Pessoal do vaqueiro Francisco Raimundo Pinheiro (Assis Matias).
Foto da década de 90 do século XX

A festa do vaqueiro Raimundo Jacó acontece no sítio Lajes, zona rural de Serrita/PE. Raimundo Jacó era vaqueiro e tinha grande manejo com o gado, certo dia saiu em busca de uma novilha na caatinga no mesmo sítio em que morava, não retornando para casa as pessoas começaram a procurá-lo.


Segundo (MELLO, 2012, p.66) Em manhã clara de 1954, o cavalo de Jacó voltou do campo com o sol ainda alto, arrastando a corda, sela vazia. O curral se agitou. Seguem homens no rastro riscado pelo nó da corda. Caminhada penosa até um centro de caatinga no miolo das Lajes. Latidos. O cachorro de Jacó, diz alguém. E a tragédia se desenha afinal. Caído ao chão, o vaqueiro parece dormir, não fora pelos olhos sem luz e pelo sangue empastando os cabelos.

Junto ao corpo o cachorro segue firme na guarda inútil. Jacó ao ter sido encontrado morto, causa grande sensibilidade e
comoção nas pessoas que o conheciam, por sua vez, esses sujeitos procuram um culpado para sua morte, colocando como suspeito do possível crime, seu companheiro de trabalho Miguel Lopes, pois teria sido a última pessoa a ter contato com o morto, entretanto, o crime nunca foi comprovado.

Com o passar dos anos a morte de Raimundo Jacó ainda era palco de discussões, talvez pelo fato do vaqueiro morto ser primo do famoso Luiz Gonzaga. O padre João Câncio ao saber da história, teve a ideia de realizar a missa do vaqueiro de “morte impune”, contribuindo para que mais adiante se tornasse a festa do vaqueiro de Serrita- PE.

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Click Museus.

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