Nascido em Bauru, em 1989, Thomas Pina Goda, o Pina, se mudou para São Paulo, onde cursou Arquitetura e Urbanismo e vive até hoje. Seu primeiro contato com a arte foi através do teatro e, posteriormente, do circo e do malabarismo.
Durante a graduação, Pina se encantou pelas possibilidades de comunicação e experimentação que o stencil permitia. Poderia estar em vários lugares ao mesmo tempo, trocando e se comunicando com diversas pessoas em diferentes contextos. O bum do Banksy também teve papel importante no desenvolvimento da sua técnica.
Influenciado pela Arquitetura, aplicou seu desejo de comunicar aos espaços urbanos. Pina interage com a paisagem e, consequentemente, interage com o dia a dia das pessoas que por ela circulam. O movimento da cidade impacta diretamente na construção das suas formas; assim como a mistura entre elementos humanos e geométricos.
As experimentações de Pina também se aplicam no jogo de cheios e vazios, que, segundo ele, é o que dá forma às suas produções. O papercutting, por exemplo, surgiu como um “exercício de desapego” do stencil sem tinta, mas evoluiu em estudos sobre o Kiriê, a tradicional arte em papel.
A arte pra mim é a sensação de descobrir algo, é a generosidade de disponibilizar opções para novas utopias. Seja ela de forma mais sutil, bela e harmônica ou ainda pelo protesto, pelo incômodo e pelo ‘feio’. O meu trabalho é cheio de dualidades, ironias, acho que ele é uma balança em movimento, ora mais leve ora mais agressivo, fluido apesar de tanta geometria. Não gosto e nem consigo definir com propriedade, ainda mais tão no início. Mas arrisco a dizer que o meu trabalho seja uma dialética. Simples… e complexo, ao mesmo tempo!
Thomas Pina Goda
Galeria de Imagens
A arte de Pina se baseia em se reconhecer na bagunça, se identificar em meio ao caos urbano e, portanto, se comunicar através das formas e das composições. O processo criativo do artista é uma mescla entre o digital e o manual, com pinceladas do abstrato e a cor como suporte.
O que vem pela frente é um tapete de quilômetros de papel cortado.
Thomas Pina Goda
Fonte: Follow the Colours, Centro de Arte