Com o início das comemorações centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, é fundamental relembrar os artistas que participaram deste acontecimento histórico. O evento aconteceu no Theatro Municipal de São Paulo nos dias 12, 15 e 17, divididos por temas específicos, como música, dança e recital. Apenas a exposição de quadros e esculturas foi constante a semana toda, no saguão do Theatro, com 100 obras dos artistas Emiliano Di Cavalcanti, Anita Malfati, Tarsila do Amaral, Candido Portinari, Victor Brecheret , John Graz, entre outros.
A presença das artes visuais na Semana de Arte Moderna de 1922 e suas obras significaram uma busca pela ruptura com o conservadorismo vigente na produção literária, musical e visual da época. Apesar da exposição não trazer uma nova linguagem estética em si, ela contribuiu muito para o desenvolvimento da arte moderna no Brasil. Abaixo, conheça alguns dos artistas:
Anita Malfatti
Nascida em São Paulo em 1889, Anita Malfatti foi pintora, desenhista e professora e é considerada uma das artistas brasileiras mais importantes. Anita aprendeu pintura com a mãe, estudou na Alemanha e em Nova York, sendo fortemente influenciada pelos movimentos modernos e pelo clima vanguardista. De volta ao Brasil, em 1917, integra a liberdade artística à crítica nacionalista, expondo suas pinturas no país. Embora muito criticada, o evento a aproximou dos artistas e intelectuais que mais tarde realizam a Semana de Arte Moderna.
Anita Malfatti exibiu doze de seus trabalhos durante a Semana de 22, como O Homem de Sete Cores, A Mulher de Cabelo Verde e O Homem Amarelo, tendo suas obras novamente como alvo de chacota e de violentos comentários do público.
Emiliano Di Cavalcanti
Nascido no Rio de Janeiro em 1897, Emiliano di Cavalcanti foi pintor, ilustrador, caricaturista, jornalista, escritor e cenógrafo e é considerado um dos expoentes da pintura brasileira. O artista iniciou seus trabalhos como ilustrador de revista, depois estudou artes na Europa e nos EUA, além de ter realizado exposições no Uruguai, México e Argentina. Suas obras têm notável influência do movimento cubista, expressionista e dos muralistas mexicanos.
Di Cavalcanti apresentou duas pinturas durante a Semana de 22, Retrato e Ao Pé da Cruz, além de ter realizado o desenho do cartaz e catálogo do evento.
Para acompanhar a programação do centenário da Semana de 22, acesse o site: https://agendatarsila.com.br/
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