Quem roubou quem? França quer multar ativistas que tentaram confiscar peça africana de museu em Paris

No segundo semestre de 2020, um grupo entrou no Museu Quai Branly, em Paris, para protestar contra a pilhagem de objetos vindos dos continente africano que foram saqueadas durante o período colonial e permanecem até hoje sob proteção de países europeus. Lá tentaram confiscar um pote funerário, o que resultou em uma acusação de roubo contra os cinco ativistas envolvidos, que teve inicio em 30 de setembro.

O grupo, liderado por Emery Mwazulu Diyabanza, pegou um posto funerário do Chade, do século XIX e caminhou pelos corredores do museu evidenciando o que chamam de roubo francês. Nas redes sociais, Emery já é conhecido pelos seus levantes e protestos contra a permanência desses objetos nos países que colonizaram a África. Inclusive já se envolveu em mais de uma tentativa de demonstrar a necessidade da restituição desses objetos, em vários países europeus, como na Holanda no museu Afrika. 

Foto: Emery Mwazulu Diyabanza

O museu Quai Branly já tem um histórico de conflitos relacionados à restituição desses objetos desde 2018, mas se recusam a devolver diversos itens que compõem a sua coleção. A instituição dificulta o processo de restituição alegando que os museus africanos não teriam capacidade de salvaguardar os objetos. Até agora, apenas uma espada foi devolvida ao Senegal e há 26 objetos com devolução programada para o Benim dentro de um ano. Mas a maioria dos itens saqueados permanecem no museu, sem data para devolução. 

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