O “Coletivo Hunna: Historiadoras que Dançam” é um projeto que busca abordar temas relacionados à história de danças entendidas como “orientais” e “étnicas” pelo público brasileiro. É uma iniciativa de quatro historiadoras (Naiara Rotta Assunção, Ana Terra de Leon, Jéssica Prestes e Nina Ingrid Paschoal) que também atuam como bailarinas, pesquisadoras e profissionais relacionadas à dança do ventre, fusões tribais e danças ciganas.
A ideia de elaboração de um curso foi o pontapé inicial de formação do coletivo. O primeiro curso que oferecemos partiu de uma demanda direta de profissionais da dança que nos comunicaram sua vontade e necessidade de transmitir conhecimento histórico para suas alunas e alunos, porém não têm formação na área. Desta forma, depois de alguns meses de trabalho conjunto e discussões, lançamos o curso “História da dança: interpretando fontes históricas” que tem por objetivo facilitar a compreensão do que é história e como é possível utilizar ferramentas da pesquisa histórica para avaliar e utilizar fontes e bibliografia relacionadas à dança de maneira consciente e crítica.
Agora, com o sucesso de duas edições de “História da dança: interpretando fontes”, demos vazão a um novo tema de discussão para com nosso público, para poder trabalhar a história, conceitos e análise crítica de exemplos de forma mais leve, irreverente e próxima. O novo projeto é o aulão de verão “Orientalismo na cultura pop”, o qual também foi planejado para abarcar os mais diversos públicos interessados na área de Humanidades – não apenas da dança.
O aulão de verão Hunna “O orientalismo na cultura pop” tem como objetivo abordar e discutir o conceito de “orientalismo” de uma maneira leve e divertida, porém bem embasada. Vamos destrinchar o conceito de “orientalismo” cunhado pelo crítico literário palestino Edward Said e vamos aplicar esse conhecimento para entender como esse imaginário influenciou elementos da cultura pop que estão muito próximos de nós.
Mas por que é importante entender a questão do “orientalismo” em relação à cultura pop?
Estabelecer essa conexão entre um conceito acadêmico e imagens que estão muito presentes no nosso dia-a-dia nos ajuda a compreender como a ideia de “oriente” é construída na nossa sociedade. Além disso, podemos vislumbrar de onde saíram os muitos estereótipos, preconceitos e mitos relacionados à dança do ventre, danças ciganas e fusões tribais.
Nessa aula, portanto, vamos analisar os conceitos de:
– Orientalismo
– Anticiganismo
– Indústria cultural
E aplicá-los nos nossos entendimentos sobre elementos da cultura pop.
As novelas brasileiras:
– Explode Coração – 1996;
– O Clone – 2000;
– Caminho das Índias – 2009.
As animações da Disney e suas representações:
– Aladdin (1992 e 2019);
– O Corcunda de Notre (1996).
Na música:
– “É o Tchan” e a música “Essa é a mistura do Brasil com o Egito”;
– O rock sessentista e sua relação com representações orientalistas e dos povos ciganos.
Na literatura:
– A cigana “Carmem” e Heathcliff de “Morro dos Ventos Uivantes” (Emily Brontë, 1847);
– Povos fictícios e o orientalismo em Senhor dos Anéis.
No cinema:
– Indiana Jones (1981);
– Star Wars (1983 e 1999);
– 300 (2006).
O curso acontece no dia 24 de janeiro de 2020, das 15h às 18h, e terá certificado de participação. Para ter mais informações sobre o aulão “Orientalismo na cultura pop” e se inscrever, basta acessar o hunnacoletivo.com/cursos.
Com este texto, convido a todos os seguidores do ClickMuseus a conhecer o trabalho do Hunna Coletivo, seguindo nossas páginas nas redes sociais, e participando deste novo projeto que já tem sido muito bem recebido!
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