“Esculpir”, segundo os dicionários, significa imprimir, cinzelar ou entalhar (figuras, ornamentos) em matéria dura ou macia (pedra, argila, areia etc.) e Carrara é o nome de uma cidade italiana que, até hoje, extrai mármore e o comercializa. Daí a expressão “esculpido em carrara”. A maior parte dos objetos gregos antigos, considerados como obras de arte, são esculturas em mármore.
A cinzelação
É o processo de escultura em pedra para alcançar a formação de objetos em três dimensões. A escultura em pedra é uma atividade tão antiga quanto o homem, praticada desde a pré-história até os dias de hoje. As primeiras culturas utilizavam técnicas abrasivas, mas a tecnologia utiliza como técnicas básicas o uso do martelo e do cinzel (daí a expressão cinzelada) como ferramentas básicas para a escultura de pedra.
As pedras normalmente disponíveis são o mármore, tem uma superfície de grande translucidez, comparável à pele humana. É essa translucidez que dá uma escultura em mármore uma profundidade visual além da sua superfície e isto evoca certo realismo, quando utilizado para obras figurativas.
O mármore também tem a vantagem de ser um mineral relativamente macio e fácil de trabalhar. Outro mineral utilizado é o calcário, mais duro e mais durável, que não permite os detalhes do mármore, mas é mais resistente. Os métodos de trabalho são dois: o método direto, no qual o artista seleciona a pedra e atua diretamente sem uso de modelos e o método indireto, quando o escultor começa com um modelo, feito geralmente de gesso ou argila, a ser copiado na pedra com o auxílio de instrumentos de precisão.
O processo de esculpir inicia com o desbaste da pedra, passando após refino, no qual as peças são trabalhadas na sua superfície e, finalmente, o polimento, que dá o acabamento final.
O trabalho realizado por um escultor, aquele que esculpe, é a escultura, que também pode ser definida como a arte que representa imagens em três dimensões, ou seja, com volume, ainda que apenas relevos. Trata-se de uma forma de arte tridimensional. Em relação à pintura, essa é uma diferença significativa, pois a pintura ou o desenho são obras de arte bidimensionais. Ou seja, com duas dimensões, altura e comprimento, não há volume.
A partir do início do século XX, a escultura passou a ajustar-se às propostas das vanguardas artísticas que emergiram na Europa, como o cubismo, o dadaísmo, o abstracionismo e o construtivismo.