Jim Naughten é um artista britânico que produz artes digitais surreais. Assim, através da fotografia, Naughten busca superar as barreiras entre a arte e a história natural. Portanto, propõe uma nova leitura sobre a realidade e sobre a nossa relação com a natureza.
Suas produções são muito comumente caracterizadas como um “realismo mágico“. Esta foi uma corrente artística da primeira metade do século XX que se pautava na representação de coisas irreais como sendo parte do cotidiano, do comum. Sendo assim, é possível perceber os universos fantásticos que Naughten cria em suas obras como parte de um “realismo mágico”.
Além disso, uma das principais características que podemos observar nas obras de Jim Naughten é a linha tênue entre o que é fotografia e o que é pintura. Dessa forma, a técnica de pintura digital utilizada pelo artista torna muito difícil conseguir distinguir o que é real e o que é imaginativo. O detalhamento é impecável.
O artista que trabalha com o estereoscópio, a fotografia, a pintura, as espécies de museu e a história natural.
Sendo assim, nas obras de jim Naughten os animais existem em ambientes com paletas de cores que os tornam fantásticos, mágicos, míticos – e estranhos. Se tornam, inclusive, quase psicodélicos. No entanto, o objetivo do artista é questionar o quanto nós, seres humanos, estamos cada vez mais estranhos e desconectados ao meio natural. Ou seja, a estranheza que suas obras causam são tão diferentes assim da estranheza que temos ao que não se enquadra na nossa vida urbana? Segundo Naughten, a nossa desconexão faz com que, ainda que cerca de 30 mil espécies estejam ameaçadas de extinção, nós não tomamos consciência disso como deveríamos.
Em novembro deste ano, suas obras, sob o título “Eremozoic”, estiveram em exposição nas Galerias Grove Square, em Londres. Mas ainda é possível realizar um tour virtual através do link.