A Aldeia de Carapicuíba se localiza na região metropolitana de São Paulo. Seu conjunto arquitetônico foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1940. Assim, consistiu de uma das doze aldeias jesuíticas que ocuparam sesmarias portuguesas durante as missões religiosas no século XVI.
Em comparação com as que ocorriam na região sul do Brasil, as aldeias de São Paulo eram muito precárias. Além disso, seu desenvolvimento só ocorreu com a chegada dos trilhos de trem, cerca de três séculos mais tarde. Dito isso, é perceptível o quanto o aspecto original da Aldeia de Carapicuíba foi preservado.
O ponto central da aldeia era o largo retangular da Capela de Nossa Senhora das Graças. Além disso, os jesuítas consideravam sagrado o espaço entre a sua fachada e o adro. E, também, as casas geminadas em taipa com telhados em duas águas ocupavam o entorno.
No entanto, os religiosos a destruíram pouco tempo depois da construção. O objetivo era evitar que os indígenas permanecessem na região. Ainda assim, a reconstrução nos moldes originais ocorreu em 1736 e deu lugar à Capela de São João Batista, presente até hoje.
Assim, o tombamento considerou as construções originais em taipa, muito comuns entre os séculos XVI e XIX. Além disso, a aldeia tem importante papel na compreensão das características do barroco paulista do período.