Maria Sueli Rodrigues de Sousa na sua pesquisa intitulada “Direito e resistência: Esperança Garcia, desigualdade e igualdade como fundamento de nação,” (2020), afirma que após a abolição da escravidão não se seguiram políticas ou direitos ao povo Negro que minimamente promovessem sua integração. Ainda mais grave que isso, a Lei de Terras de 1850 cuidou para que, ao serem livres, não pudessem adquirir terras por uso e ocupação, mas somente pela compra, o que, além da herança cultural de inferiorização, os colocou à margem da sociedade brasileira.
Em concordância com a referida autora, devemos refletir sobre as formas de trabalhos realizados pela população negra a partir dos anos de 1888 quando foi abolida a escravidão no Brasil, as formas de resistência dessa população na tentativa de sobreviver já que faltavam-lhes políticas públicas e direitos fundamentais. Os/as ex-escravizados/as dificilmente possuiriam dinheiro suficiente para comprar uma propriedade, a lei neste caso transformou a terra em mercadoria beneficiando os grandes latifundiários. E VOCÊ, JÁ PAROU PARA REFLETIR SOBRE ESSAS DESIGUALDADES?
2 Comments
Ótimas colocações! De fato é provocante está reflexão, que tipo de liberdade essas pessoas tiveram acesso e tem? A que processos de inclusão foram e são incluídos? As respostas vem para além dos olhos e teorias de leis.
Parabéns pela escrita!
[…] Acesse também: https://clickmuseus.com.br/a-lei-de-terras-de-1850/ […]