Hélio Jesuíno foi um artista plástico que teve cerca de 40 anos de carreira da Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro. Assim, sempre se embrenhou pela experimentação e pela mistura de técnicas artísticas. Em meio a um acaso somado a muito estudo sobre a fotografia e seus processos, desenvolveu a chamada “fotomaquia”. Assim, utiliza o papel fotográfico como suporte e sobrepõe e/ou mescla máscaras de papel que, com a luz solar, formam desenhos.
Sendo assim, Hélio produzia algo que ficava no limiar entre a fotografia e a gravura, entre o artesanal e o industrial, entre o planejamento e o acaso. As formas fluidas e desconexas ocupavam o papel fotográfico e indicavam movimentos, emoções e relações. Então, um tempo depois, começou a incluir colagens de outras impressões fotográficas e intervenções em grafite, acrílica e crayon.
A produção de fotomaquia do artista se dividiu em algumas séries. Além disso, no blog que Hélio compartilhava e divulgava as obras, ele atrelava a elas algumas prosas, contos, poemas, crônicas. O mundo que o artista criava artisticamente era, também, repleto de poesia e narrativa.
Narrativas e imagens por Hélio Jesuíno
Além da fotomaquia, Hélio produzia também pinturas, desenhos e colagens que somam mais de 2 mil itens. Aliás, uma das suas obras mais emblemáticas é a intervenção que fez no livro “Atlas do Corpo Humano” na qual misturou todas essas técnicas e fez jorrar genialidade nas páginas. No vídeo abaixo, o artista fala sobre o processo criativo.