Teatro de Bonecos do Nordeste é Patrimônio Imaterial

O Teatro de Bonecos Popular do Nordeste passou a fazer parte do Livro de Formas de Expressão em 2015, tornando-se Patrimônio Cultural Imaterial reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O seu processo de registro começou por iniciativa da Associação Brasileira de Teatro de Bonecos (ABTB). Para além de uma brincadeira, hoje é considerado, pelo IPHAN, como uma forma de produção de conhecimento e um elemento de representação e identidade.

Na ano do registro, organizou-se o Prêmio Teatro de Bonecos do Nordeste. Este se propunha a recompensar os bonequeiros que possibilitam que a brincadeira aconteça e, assim, trinta e sete receberam a premiação!

O Teatro de Bonecos ocorre em diversas regiões, sendo elas o Distrito Federal e os estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. A tradição dessa expressão cultural passa entre gerações e consiste na encenação e na produção de bonecos. Estes, portanto, reconstroem histórias de comunidades nordestinas, levando em conta cenas cotidianas, personagens, músicas e formas de expressão.

Devido a sua abrangência, pode receber diversos nomes. O mais conhecido deles é Mamulengo, mas também pode ser chamado de Cassimiro Coco, João Redondo e Babau, dependendo da região na qual ocorra.

O início da brincadeira se dá na montagem da barraca, chamada empanada. Os brincantes, então, se colocam atrás dela e começam o espetáculo teatral. Além da poesia, as peças também contam com elementos surpresa relacionados ao público presente.

A origem remonta ao período colonial brasileiro e representa uma mistura entre questões religiosas e profanas presentes nos costumes populares. Dessa forma, se tornou um símbolo de identidade e memória dos brincantes. Ou seja, o Teatro de Bonecos é, atualmente, referência cultural de pertencimento.

Fonte: IPHAN

Foto de Capa: viagora