Todos sabemos que os museus e centros culturais se encontram de portas fechadas por conta do novo coronavírus. Devido a isto, muitos deles precisaram se reinventar para se conectar, virtualmente, com o público. No entanto, alguns países que já diminuíram de forma considerável as taxas de contágio, já se consideram preparados para reabrir as portas. Mas calma, tudo com muito cuidado.
O Conselho Internacional de Museus (ICOM) lançou algumas normas para a reabertura de centros culturais, como o uso obrigatório de máscaras, a limpeza constante dos ambientes e o maior controle do acesso do público. Para além destas normas, há também guias que apresentam propostas de segurança envolvendo mudanças no espaço e na arquitetura dessas instituições.
O Isometric Studio, empresa que faz trabalhos visuais e de arquitetura, propôs mudanças no design das exposições e na comunicação visual deste lugares, com objetivo de padronizar a orientação do fluxo do público e garantir uma distância segura entre os visitantes. Outra proposta sugerida pelo estúdio foi a instalação de tubulações para promover a troca de ar, já que, por conta do acervo, muitos museus não podem abrir suas janelas. Ademais, cogitou também a promoção de exposições em espaços externos, além do aumento de interações online.
É incrível pensarmos que os museus estão voltando, como é o exemplo do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa. O local reabriu em junho, com a intervenção Beeline, por SO-IL, que conta com uma nova faceta feita de tijolos e espelhos para sinalização e recomendações de higiene.
Mas esta realidade não é a mesma em todos os museus ao redor do globo, como indica os dados divulgados pelo ICOM. Ao analisar a situação dos museus em 107 países, foi constatado que 94,7% dessas instituições tiveram que interromper as atividades presenciais e 13% estão em risco de não reabrir após a pandemia. Em sua maioria, esses museus estão localizados na África, Ásia e nos países árabes.
São muitos os desafios no processo de volta às atividades. Além da realidade específica que cada lugar enfrenta, é preciso levar em conta as instabilidades sociais, econômicas e sanitárias nas decisões de reabertura. Mas, os guias e exemplos que deram certo em outras instituições e podem servir de exemplo para estratégias de reabertura. Portanto, os planos de reabertura, contando com projetos expositivos e de comunicação visual, podem ajudar a manter os museus locais de aprendizado, convivência e difusão cultural, temas essenciais para o momento que estamos vivendo.
Esse texto foi produzido pela voluntária do Click Museus Camila Palaio.
Veja também: ICOM disponibiliza para dowlond manual prático como gerir um museu.