No último dia 4 de novembro, completaram 52 anos da morte de Carlos Marighella. Nesse mesmo dia, houve o lançamento do filme “Marighella”, com direção de Wagner Moura e protagonismo de Seu Jorge. O longa tem como foco os últimos anos de sua vida e na liderança da organização Ação Libertadora Nacional (ALN).
Marighella começou sua atuação na política muito jovem até se tornar o inimigo número um da ditadura. Sua primeira prisão ocorreu aos vinte anos de idade, em 1932, após escrever um poema contendo críticas à Juracy Magalhães. Em 1936, abandonou o curso de Engenharia Civil e se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Foi para a prisão novamente durante a Ditadura Vargas e lá permaneceu até 1945, com a anistia. No ano seguinte, elegeu-se deputado federal, mas perdeu o mandato porque o governo de Dutra, aliado ao estadunidense, cassou os políticos do Partido Comunista.
Dessa forma, não podia mais atuar na política de maneira formal. Portanto, passou a engajar de outras maneiras: escreveu, por exemplo, o livro “A crise brasileira”, em 1966. Aliás, muitos de seus livros e poemas foram publicados primeiro em outras línguas devido à censura e só posteriormente foram impressos em português. Pouco tempo depois, foi expulso do Partido Comunista e fundou a ALN. A organização participou de assaltos a banco e do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em 1969. Marighella foi baleado no mesmo ano, mas a ALN permaneceu em atividade até 1974.
Além do filme mais atual, há diversas outras produções que abordaram a trajetória de Marighella e a sua influência na história brasileira. É o caso, por exemplo, da música “Marighella (Mil Faces de um Homem Leal)”, do Racionais MC’s, e o documentário com seu nome da socióloga Isa Grinspum, sobrinha da viúva do político.
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