Como os museus de Belo Horizonte planejam reabrir?

Museus em BH: Centro de Arte Popular Cemig, Espaço  do Conhecimento da UFMG, Memorial Minas Gerais, Museu de Artes e Ofícios

Diante do contexto turbulento e solitário que estamos vivendo por causa do novo coronavírus, governos ao redor do mundo tentam implantar medidas que nos permitam viver o nosso dia a dia com cuidado e segurança sanitária. O “novo normal” nos restringe a diversas atividades que antes eram comuns, como ir ao bar com os amigos, visitar exposições, museus e centro culturais. Nessa perspectiva, as aglomerações, que antes faziam parte dessas experiências, se tornaram um perigo à saúde pública.

Museus por todo o mundo fecharam suas portas em detrimento do bem comum. No entanto, após um grande esforço governamental de alguns países em tentar frear a disseminação do vírus com um rigoroso isolamento social e novas medidas sanitárias, muitos dos museus da Europa começaram a reabrir com novas normas de segurança. Mas como o Brasil irá se preparar para a retomada à essas experiências culturais?

Enquanto os museus na Europa e Ásia contam com questionários, checagem de temperatura e – ainda que menos restrito – distanciamento social, os museus de Belo Horizonte também contaram com as artimanhas da tecnologia para promover o contato com arte e cultura. Mesmo com as portas ainda fechadas, é possível visitar espaços de culturas através da visitação virtual. Vídeos e oficinas virtuais tentam preencher as lacunas que a falta da visitação física deixou.

De acordo com o gestor do Memorial Minas Vale, Wagner Tameirão, o trabalho cultural do espaço não deixou de acontecer durante a pandemia do novo coronavírus. Contendo um grande repertório de aulas sobre culinária, cultura afro, forró e a promoção de shows, é notável a tentativa dos gestores de espaços culturais em perpetuar a cultura e educação mesmo de dentro de casa.

O Inhotim chegou a promover visitações virtuais que se assemelham mais das visitas presenciais. Muitas obras de artes também podem ser admiradas pela plataforma Google Arts Culture.

O próprio CCBB BH, conhecido e popular por suas obras interativas, também apostou nos meios virtuais para reafirmar o papel museológico que a instituição tem. O setor educativo da instituição ganhou um site exclusivo para a estimulação da imaginação da criança, demonstrando – além do comprometimento com a manutenção da presença da cultura nas nossas vidas – uma busca por um público mais amplo e híbrido.

Mesmo com a necessidade da reinvenção dos espaços culturais diante desse contexto tão limitado, os espaços culturais jamais serão os mesmos sem a presença física do visitante. No entanto, apesar dos tempos difíceis, os gestores e os espaços de cultura não nos deixaram ou deixarão “na mão”.

Read Previous

A verdadeira aparência dos imperadores foi revelada através de inteligência artificial

Read Next

USP disponibiliza para download – Curadoria Digital

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *