Ao termo minimalismo são atribuídos diferentes sentidos, que variam de acordo com o contexto no qual é utilizado. Embora tenha origem no campo das artes e do design do século 20, o conceito foi gradativamente incorporado a outras áreas da expressão humana. Para tratar deste tema, a Casa Fiat de Cultura convidaa arquiteta e doutora em Design, Giselle Safar, da Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais, para ministrar a palestra online “Quando menos é mais: o minimalismo nas artes, no design e no estilo de vida”. O evento será realizado no dia 21 de junho, às 19h, por meio de transmissão online. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pela Sympla (https://bit.ly/QuandoMenosEMais).
Durante a palestra, Giselle Safar percorrerá as acepções mais frequentes do termo minimalismo, apresentando ao público imagens ligadas às artes, ao design, à moda e ao comportamento. “Atualmente, muito se fala em minimalismo como estilo de vida. Mas o minimalismo surgiu como um movimento forte nas artes plásticas na década de 1960”, enfatiza. O termo minimal art foi criado na metade do século 20 para denominar os movimentos estéticos, culturais e científicos surgidos em Nova York, que defendiam o uso de poucos elementos fundamentais como base de expressão.
Obras de alguns dos principais nomes do minimalismo, como Donald Judd e Robert Morris, serão exemplos usados pela arquiteta para ilustrar essa nova forma de construção artística, marcada pelas formas geométricas rígidas, repetição, disposição em série e pelo uso de materiais industriais. Giselle ainda relembrará que, nesta concepção minimalista presente nos primeiros trabalhos do movimento, as peças não pretendiam expressar traços ou a emoção do artista, mas se limitavam a ser apenas objetos.
Já o design minimalista descende de uma longa tradição de formas simples e despojadas de ornamentos que remonta à segunda metade do século 19, quando os excessos da recente industrialização começaram a incomodar alguns intelectuais. “Da mesma forma, ao longo do século 20, essa linguagem esteve presente várias vezes e pode ser encontrada no Funcionalismo Moderno, no Good Design, no design japonês, nas criações escandinavas, no minimalismo propriamente dito dos anos 1960 e 1970, e mesmo em muitas criações atuais”, destaca Giselle.
Segundo Safar, na moda, o minimalismo surge na década de 1990, como uma reação às extravagâncias e exageros dos anos 1980. As estampas deram lugar às cores mais neutras e as roupas passaram a ter linhas mais retas e com pouco acessório. “Naquele momento, o mais importante era realçar a pessoa, e não necessariamente o que ela estava vestindo”, comenta. Na música, o movimento se caracterizou pelas poucas notas musicais e pela repetição, como bem exemplifica Philip Glass.
“O minimalismo é uma linguagem que se replica em várias áreas. Na atualidade, vemos e vivemos o minimalismo como estilo de vida. De modo geral, ele se opõe aos excessos. Seja se livrando dos objetos materiais ou minimizando situações desnecessárias da nossa rotina”, completa Giselle Safar.
A palestra online “Quando menos é mais: o minimalismo nas artes, no design e no estilo de vida” é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do Ministério do Turismo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Fiat, do Banco Safra e da Usiminas, e co-patrocínio do Grupo Colorado. O evento tem apoio institucional do Circuito Liberdade, do Governo de Minas e do Governo Federal, além do apoio do Programa Amigos da Casa, da Brose do Brasil e do Instituto Usiminas.
Giselle Safar
Arquiteta, com especialização em Metodologia do Ensino Superior (FUMA), mestrado em Engenharia de Produção (UFMG) e doutorado em Design (2020). É professora aposentada da Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), na qual ministrou, desde 1983, História da Arte e História do Design, tendo ainda sido coordenadora do Curso de Design de Produto (2000/2004), Diretora (2004/2008), Coordenadora de Extensão (2008-2016) e Pró-Reitora de Extensão (2016-2018). Suas áreas de interesse são história do design em geral, história do mobiliário, história da joia e mulheres no design.
Casa Fiat de Cultura
A Casa Fiat de Cultura cumpre importante papel na transformação do cenário cultural brasileiro, ao realizar prestigiadas exposições. A programação estimula a reflexão e interação do público com várias linguagens e movimentos artísticos, desde a arte clássica até a arte digital e contemporânea. Por meio do Programa Educativo, a instituição articula ações para ampliar a acessibilidade às exposições, desenvolvendo réplicas de obras de arte em 3D, materiais em braille e atendimento em libras. Mais de 60 mostras, de consagrados artistas brasileiros e internacionais, já foram expostas na Casa Fiat de Cultura, entre os quais Caravaggio, Rodin, Chagall, Tarsila, Portinari entre outros. Há 16 anos, o espaço apresenta uma programação diversificada, com música, palestras, residência artística, além do Ateliê Aberto – espaço de experimentação artística – e de programas de visitas com abordagem voltada para a valorização do patrimônio cultural e artístico. A Casa Fiat de Cultura é situada no histórico edifício do Palácio dos Despachos e apresenta, em caráter permanente, o painel de Portinari, Civilização Mineira, de 1959. O espaço integra um dos mais expressivos corredores culturais do país, o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte. Mais de 3,5 milhões de pessoas já visitaram suas exposições e 600 mil participaram de suas atividades educativas.
SERVIÇO
Palestra online “Quando menos é mais: o minimalismo nas artes, no design e no estilo de vida”
Convidada: Giselle Safar, arquiteta e doutora em Design
21 de junho de 2022, às 19h
Transmissão online
Inscrição gratuita pela Sympla: https://bit.ly/QuandoMenosEMais
Casa Fiat de Cultura
Circuito Liberdade
Praça da Liberdade, 10 – Funcionários – BH/MG
Horário de Funcionamento
Terça a sexta-feira, das 10h às 19h
Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
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