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Marcelo Fernando (Limeira- SP 1981). Pintor, gravador e artista intermídia. Graduado
em Serviço Social pela PUC-SP (2008), realizou trabalhos de arte-educação nas periferias de São Paulo. Inicia seus primeiros contatos com a pintura e gravura em 2014, no curso de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis, pela Fundação de Artes de Ouro Preto (FAOP), onde também estuda desenho e história da arte. Em 2018 muda-se para Santarém, no estado do Pará e monta seu ateliê “Encontro das águas”.
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Em 2019 realiza a exposição individual de pinturas a óleo sobre tela com o título “As margens do Tapajós” e em 2020 participa da exposição coletiva “Remando pela Amazônia”, ambas no Centro Cultural João Fona na cidade de Santarém. Suas atividades incluem, além de xilogravura, restauração de pinturas e esculturas, pintura sobre telas, aquarela, vídeo, documentários e trabalhos de multimídias.
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As pinturas a óleo de Marcelo Fernando seguem o gênero figurativo, através de
composições criadas a partir de registros antigos e atuais de diferentes regiões do Brasil pelas quais o artista passou: Minas Gerais, Bahia, Paraná, São Paulo e Pará.
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Ela é influenciada pelo cotidiano das imagens e movimentos que ocorrem às margens de rios montanhas, igarapés e mares do pais. Um dos últimos trabalhos criado pelo artista tem como tema “as margens do Tapajós”, e retrata as paisagens e rios da região do baixo Amazonas, localizada ao Oeste do estado do Pará. Para o artista o rio, aqui, simboliza a existência humana e o seu curso com a sucessão dos desejos, dos sentimentos, das intenções e as possibilidades de seus desvios.
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O correr das águas e a fluidez das formas e das cores das paisagens utilizadas em sua palheta, podem estimular sentimentos, criar identidades, fazer sonhar. A paisagem aparece, assim, como um manifesto dos fenômenos humanos e sociais, da interação da natureza e da cultura, do econômico e do simbólico, do visível e do invisível, do corpo e do espírito, da complexidade de uma realidade que convida a articular as experiências das diferentes manifestações dos seres humanos e seu tempo.
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Já para a construção das xilogravuras, um dos focos da pesquisa do artista é exploração da produção imagética encontrada em diferentes regiões do Amazonas: pinturas rupestres, petrogravuras, estatuetas e artefatos arqueológicos. É comum encontrar as margens dos rios da Amazônia, registros dos antigos ocupantes da região, entre rochas, terra preta e sambaquis, se escondem registros de extrema complexidade, apresentando um entrelaçamento de diversos elementos, cujos significados de difícil compreensão.
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A história dos povos da floresta é um enorme quebra cabeça de artefatos que cientistas, artista e pesquisadores estão ajudando a remontar. Partindo deste contexto, o processo de criação e investigação do artista busca as raízes das noções imagéticas da herança cultural dos povos originários da região Norte do país, reconstruindo a trajetória histórica destas imagens e de sua interação na contemporaneidade. As composições e re-produções da arte rupestre para a técnica da xilogravura pode ser compreendida como um resgate imagético e iconográfico dessas criações. O artista constrói, um enfoque que possa auxiliar a identificação e as diferentes interpretações dessa herança cultural, com enfasenos valores simbólicos, crenças e costumes dos antigos ocupantes dessas regiões, além de retratar seu tempo histórico contemporâneo.
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