O MUB3 – Museu da bolsa do Brasil, no dia 12 de agosto de 2022, abre suas portas e passa a integrar as opções do circuito cultural e histórico turístico do centro antigo da cidade de São Paulo. Localizado em histórico prédio em estilo neoclássico dos anos 1940, na rua Quinze de Novembro, o MUB3 – Museu da bolsa do Brasil surpreende ao propor uma reflexão sobre o passado, o presente e o futuro do mercado de capitais brasileiro e sua influência econômica, cultural e social no país.
Os principais objetivos do novo museu são estabelecer uma nova relação e um maior contato com a sociedade, além de ampliar o acesso e o entendimento do papel das bolsas na economia e na vida das pessoas. Por meio de sua exposição, que apresenta em detalhes a colaboração da Bolsa para a formação do país, e de uma diversificada programação educativa, o museu visa a contribuir para a educação financeira e incentivar o interesse do público pelo mundo dos investimentos.
A disseminação da cultura e do conhecimento faz parte da história da Bolsa, que detém um significativo acervo cultural, artístico e memorialístico reunido ao longo dos anos. Até a inauguração deste museu, itens dessa coleção – que foi preservada pelos centros de memória das instituições que hoje integram a B3 – eram apresentados ao público em diversas atividades realizadas no antigo Espaço Raymundo Magliano Filho, desde 2006, que chegou a receber uma média de 400 visitantes por dia, e no Espaço Cultural criado em 2002 pela BM&F.
Ao estabelecer um contraste entre sua tecnologia e sua concepção contemporânea e as linhas arquitetônicas neoclássicas do histórico prédio onde está localizado, o MUB3 convida os visitantes para uma viagem que vai de meados do século 19, época das primeiras transações de apólices e títulos, passando pela fundação das bolsas do Rio de Janeiro e de São Paulo e por seus principais momentos, assim como por sua evolução e sua visão de futuro.
O público é recepcionado por uma hostess virtual, que dá as boas-vindas e o direciona para a jornada de conhecimento que se inicia no ambiente de uma praça pública em 1890, local onde as pessoas costumavam se reunir para vender ou comprar ativos em importantes centros econômicos, como São Paulo e Rio de Janeiro.
Na sequência, uma nova ambientação destaca as características de um escritório mercantil da época, contextualizando o período de fundação da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, da Bolsa Livre e da Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo, além de apresentar a figura do corretor oficial e o surgimento do mercado agro e de títulos. A seguir, o público começa a entender a dinâmica e a evolução das negociações ao se deparar com uma maquete tátil de um pregão de 1930 e com uma cadeira de corretor oficial da década de 1940. O visitante também vai descobrir, por meio de documentos, informações históricas e diálogos, que podem ser ouvidos em aparelhos telefônicos de época, como o mercado de capitais brasileiro se transformou nas décadas de 1930 a 1960.
As próximas instalações abordam a história da Bolsa, sua influência no cotidiano da população, seu processo de integração e as inovações tecnológicas desde o começo das atividades, quando as cotações eram registradas numa grande lousa (conhecida como era da pedra), até os dias de hoje. Entre os destaques estão uma réplica do painel de negociações dos anos 1970, imagens dos últimos pregões presenciais realizados e o emblemático telefone sem fio usado pelos corretores até o final dos anos 2000.
Mais informações: https://mub3.org.br/