No dia 12 de novembro comemora-se o Dia Mundial da Cultura Hip Hop. Sendo assim, nesta data, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) lancou o primeiro Arquivo Brasileiro de Hip Hop. A iniciativa é parte do Projeto de Memória Negra do Arquivo Edgard Leuenroth (AEL) e aconteceu em parceria com o Afro-Cebrap (Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial) e o Centro de Estudos em Migrações Internacionais (CEMI-Unicamp).
O acervo que deu o pontapé na elaboração do arquivo foi doado por King Nino Brown, historiador e ativista do movimento. Assim, as 56 caixas de objetos contemplavam a memória dos Bailes Black nos anos 1970, a chegada no Brasil, a ocupação dos espaços públicos e a criação das Casas de Hip hop. Cada item passa por higienização, restauração, acondicionamento, catalogação e digitalização. Então, colocam à disposição para consulta por qualquer pessoa interessada, de maneira gratuita. Sendo assim, a previsão é que os documentos já estejam disponíveis no início de 2022.
No Brasil, o Hip Hop é elemento muito marcante na consolidação de identidades. Dessa forma, foi essencial na construção de clubes sociais negros, mas também na articulação política das juventudes das periferias. Ou seja, ele foi e ainda é tanto instrumento do movimento negro, quanto de movimentos sociais.
Já havia outros arquivos desse gênero espalhados pelo mundo. É o caso, por exemplo, do Hiphop Archive & Research Institute, da Universidade de Harvard, ou o Centre Culturel hip-hop, em Paris.
O evento de lançamento do Arquivo Brasileiro de Hip Hop contou com a participação de King Nino Brown e da rapper Sharylaine. Para assistir, é só clicar nesse link.