Joaquim Pinto de Oliveira, exímio construtor e arquiteto, apelidado como Tebas é sem dúvidas um dos grandes nomes quando se trata da arquitetura colonial brasileira. Tebas foi também engenheiro hidráulico, realizou a primeira obra pública para o abastecimento de água, canalizada pelo “chafariz da misericórdia”.
Na cidade de São Paulo, reconhecido pela execução das torres da Catedral da Sé (1755, Praça da Sé, São Paulo) e de Santa Tereza (1685, Rua do Carmo, São Paulo), as quais ganharam destaque na cidade, Tebas exerceu outros inúmeros projetos, porém, devido à cor de sua pele, não foram totalmente reconhecidos como obras desse grande arquiteto.
O livro “Tebas: um negro arquiteto na São Paulo escravocrata” (Abílio Ferreira, 2016) narra a história de Joaquim em ordem cronológica, até a libertação do arquiteto. Assim como os negros não são descendentes de escravos, a figura do arquiteto deve ser associada pelo seu exímio e pioneiro trabalho, e não apenas como um ser que fora escravizado. As obras desse grande mestre são um legado a arquitetura brasileira.