A autora Almeida (2016) relata a gestão integrada e cooperação arquivo-biblioteca-museu ou biblioteca-museu como estamos tratando aqui se manifesta em variados espaços, podendo haver um museu com arquivo e biblioteca, quando as instituições tenham a mesma estrutura administrativa ou quando apresentam valores semelhantes.
A gestão de forma integrada é uma estratégia de colaboração que traz enriquecimento a comunidade interna e externa, aos profissionais e enriquece significativamente a instituição de memória.
As atividades de preservação têm de ser tratadas de forma integrada e não como um conjunto de atividades isoladas. Além disso, a informação tem de ser vista como parte integrante do gerenciamento e da política institucional. A (re) formulação de um desenvolvimento institucional que torne dinâmica a interação e integração de informação, de sistemas, competências, conhecimentos, coleções e
documentação para melhor e maior difusão da e para instituição.
Vale lembrar que o público da biblioteca não é o público do museu, isso devido às próprias porque demandas definidas na política da instituição, em que as diversas áreas, e, em alguns casos, os diversos profissionais, desenvolvem trabalho isolado, mas também acontecem a partir da visão que o público faz de biblioteca e museu, ações, livraria, bistrô e dentre outros, mas não visitam o acervo e as exposições; e
vice-versa também pode acontecer.
O tratamento da informação está mais nos referenciais teóricos clássicos e nas atividades desenvolvidas da área de Biblioteconomia e já as questões relacionadas à gestão de coleções e preservação, por exemplo, foi mais desenvolvimento pela área de Museologia, onde desde década 80 a área de Museologia assumindo uma posição de autoria, já o bibliotecário fica restrito à classificação, não atua sobre o sentido do livro, como o museólogo atua no sentido do objeto. A parcialidade da biblioteca não está também o objeto, mas com a escolha do sistema de classificação.
De acordo com as informações fornecidas pelo site dos Mueus Castro Maya, RJ a casa da Chácara do Céu e seu acervo foram tombados em 1974 pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional – IPHAN. A museografia preserva o caráter original de residência, como a disposição da sala de jantar e da biblioteca (Figura 1). Os outros espaços foram reservados para a exposição temporária de objetos das
coleções que compõem o acervo do museu como pinturas, desenhos e gravuras de Matisse, Picasso, Dalí, Seurat, Miró, Guignard, Di Cavalcanti, Iberê Camargo, dentre outros.
A atenção com a preservação e conservação do vasto acervo dos Museus Castro Maya está presente no módulo expositor, especialmente criado para abrigar pequenas seleções do acervo de mais de 3000 desenhos e gravuras em papel.