Por Fredi Jon
Flávia sempre soube que sua mãe, Laura, não queria presentes materiais, queria experiências que ficassem para sempre na memória. Apaixonada por museus, Laura cultivava outro amor: Silvio, seu namorado, com quem dividia passeios, conversas e sonhos. Por isso, no aniversário dele, Flávia decidiu ajudar a mãe a fazer uma surpresa inesquecível: uma serenata, bem na entrada do museu favorito do casal, no coração de São Paulo.
Para isso, ela contratou um trio de músicos. A equipe do museu já estava avisada; tudo parecia perfeitamente alinhado: entardecer, clima ameno e a fachada imponente do museu como cenário.
Mas, como toda boa história, os imprevistos não poderiam faltar.

Enquanto Fredi afinava o violão, um pombo atrevido fez um “ataque aéreo” certeiro bem no ombro dele. A cantora não conseguiu conter a gargalhada, quase estragando a concentração do trio. Fredi, com seu bom humor habitual, limpou rapidamente e soltou: “Começaram os bombardeios, salve-se quem puder!”.
O saxofonista, tentando ensaiar discretamente um giro dramático para o solo, quase foi ao chão ao escorregar na calçada molhada pela garoa que começava a cair. Por pouco não virou espetáculo à parte!
Enquanto isso, Flávia, escondida atrás de uma das colunas do museu, mandava mensagens frenéticas para Fredi: “Já estão chegando, se perparem!”.

E então, o grande momento: Laura, toda elegante, caminhava distraída, puxando Silvio pela mão e apontando, encantada, para os detalhes da arquitetura… tão encantada que, ao subir os degraus da entrada, tropeçou no último, quase derrubando Silvio junto. Só não caíram porque ele, num reflexo ágil, segurou firme a amada — e, no meio do tropeço, os dois se abraçaram e caíram na risada, como dois adolescentes apaixonados.
Foi então que o trio entrou em cena.
Fredi dedilhou os primeiros acordes, a cantora soltou a voz com suavidade e o saxofone preencheu o ar com melodias doces e quentes, que ecoaram pelo espaço, envolvendo tudo.
Silvio olhou para Laura, confuso e emocionado, e ela, com os olhos marejados, apenas sussurrou: “Feliz aniversário, amor…”. Ele apertou sua mão, emocionado demais para dizer qualquer coisa.

Enquanto as notas dançavam no ar, os dois ficaram ali, abraçados, sem pressa, assistindo à serenata que eternizava aquele instante. A garoa fina caía, como um véu delicado, e o museu, silencioso e imponente, parecia cúmplice daquele amor.
No final, Silvio beijou a testa de Laura e disse, com a voz embargada: “Esse é o melhor presente que já ganhei…”.
E Flávia, de longe, sorria satisfeita, com os olhos cheios d’água, sabendo que aquele momento, entre tropeços, gargalhadas e música, seria lembrado para sempre. O museu ganhou mais um significado e um símbolo naquele dia.
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