Parque Augusta: objetos no solo que contam histórias

O parque Augusta, que é alvo de disputa judicial desde 1970, teve sua abertura adiada para dezembro. Há suspeitas de que seu solo esteja rico com indícios de populaçõe indígenas anteriores ao domínio português e de artefatos de uma São Paulo colonial.

As escavações arqueológicas já encontram, até o momento, fragmentos de louça do século 19, trilhas históricas, entre outros artefatas.

Porém, como se suspeitava, nada até o momento remete uma ocupação indígena, que fora o motivo da paralisação da reforma do parque.

Durante a prospecção arqueológicas, foram criados poços a cada 10 metros de terreno, para assim preservar o material encontrado.

“Aproveitamos também sondagens que a obra está fazendo, que se formam por até 06 metros”, explica Paula Nishida, supervisora do Centro de Arqueologia de São Paulo, que fora entrevistada pela Folha de São Paulo.

Foto: Thiago Queiroz – Estadão conteudo

“O que tem chamado a atenção, é que estão aparecendo poucos artefatos”, aponta Paula. “A escavação está evidenciando mais estruturas, caminhos e fundações antigas. É um terreno muito construído, mexido; isso muda a escala das coisas”, completa.

As estruturas que não podem ser armazenadas em laboratórios, serão mantidas no espaço até a avaliação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

“Sabe-se que as ocupações humanas procuram característica de terreno favoráveis a seus assentamentos, como a existência dos rios e córregos que cercavam essa região.

Também vale destacar que havia o caminho indígena peabiru, que passava próximo dessa área”, disse em nota do Iphan.

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