Surrealismo na fotografia

O movimento foi inaugurado por Breton em 1924, utilizando o termo que havia sido aplicado àquilo que iria além da realidade – e esse era o seu objetivo com o Manifesto surrealista, que negava toda a razão, a moral e a estética. Procurava atingir uma revolução artística e social sob influência do inconsciente através da psicanálise, da filosofia e do marxismo. O acaso era elucidado, mas, paradoxalmente, era um movimento extremamente organizado e teorizado.

Foi muito popular no século XX, ao encarar a realidade sob o viés da liberdade, do desprendimento com aquilo que, ao mesmo tempo, calasse o inconsciente e desse espaço apenas à lógica. Muitos artistas migraram do dadaísmo, outros surgiram já surrealistas e alguns, como Picasso, foram reivindicados ao estilo. As técnicas dadaístas foram referência para o surrealismo, em conjunto com os estudos de Freud, na busca pelo onírico.

Eles produziam aquilo que gerasse aversão ao familiar, se baseasse no acaso, colocasse a mulher como “devoradora” e perigosa e/ou que misturasse indivíduo e animal num contexto de realidade e fantasia. A imaginação permitiu que o surrealismo ultrapassasse as fronteiras artísticas e atingisse outros aspectos da sociedade, como a fotografia: é o caso das obras da americana Lee Miller (1907-1977), da húngara Kati Horna (1912-2000) e da francesa Dora Maar (1907-1997).

Lee Miller

Kati Horna

Dora Maar

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