Residência Artística – Cidade Floresta

O Rio de Janeiro conta com duas grandes florestas em seu espaço urbano. O Parque Estadual da Pedra Branca é a maior floresta urbana do mundo, e o Parque Nacional da Tijuca é resultado de um processo histórico de reflorestamento na época colonial, quando seis trabalhadores escravizados plantaram milhares de árvores em terras expropriadas pelo estado para melhorar o fornecimento de água na cidade. Hoje, o Parque da Tijuca é o mais visitado do Brasil. Outra característica do Rio de Janeiro é sua relação com o oceano, com a Baía de Guanabara e sua vegetação de mangue. Tanto o bioma da Mata Atlântica quanto o dos manguezais foram significativamente reduzidos e continuam sob ameaça de poluição e desmatamento, mas ainda têm um papel fundamental no enfrentamento da catástrofe climática. 

O Rio de Janeiro, portanto, já é uma Cidade Floresta: um lugar que experimenta essa proximidade entre dois ecossistemas que foram pensados e utilizados como opostos por muito tempo. O que a cidade pode aprender com o modo como a floresta tropical produz vida e estabelece suas redes de comunicação entre fungos, raízes e animais? A cidade enfrenta desafios como falta de saneamento básico, falta de moradia, dificuldades em fornecer água potável, mobilidade e segurança. Prédios e ruas, por si só, não criam uma vida urbana, assim como uma aglomeração de árvores não constitui uma floresta. O que importa são as conexões e a dinâmica entre seus elementos.

Objetivo

A residência promove uma experiência imersiva no espaço urbano para criação e experimentação artística em interlocução com a ciência. A iniciativa propõe criar e possibilitar novas narrativas e especular sobre cenários futuros de dinâmicas urbanas e seus potenciais de transformação, por meio do diálogo multidisciplinar entre arte, biologia, botânica, microbiologia, estudos ecológicos e outras ciências da vida e da física.

Nesse ambiente, artistas e cientistas interessados em investigar e construir diálogos entre arte e ciência têm a oportunidade de trabalhar lado a lado, ampliando seus campos de visão e atuando além das práticas e protocolos de seus laboratórios e ateliês.

Condições

Cada selecionada/o receberá: passagens ida e volta de seu local de origem, acomodação privada ou compartilhada, estúdios compartilhados e a quantia de R$ 3.500,00 para alimentação, transporte diário e custo de material. 

A residência será composta por visitas a diversos territórios da região metropolitana do Rio de Janeiro, tais como florestas, parques, iniciativas da sociedade civil, empresas, centros de pesquisa etc., além do trabalho no Laboratório de Atividades do Museu do Amanhã. O Laboratório de Atividades estará disponível para os residentes, de segunda a sexta, das 10 horas às 18 horas.

Também haverá encontros com artistas, especialistas, consultores e mentores, além de trocas com representantes de iniciativas locais relacionadas ao tema da residência. A residência será organizada de forma presencial no Rio de Janeiro, e alguns diálogos com especialistas internacionais acontecerão de forma virtual. 

Sobre as Inscrições

As inscrições devem ser feitas através do formulário disponível, até 27 de março de 2022 às 23:59, horário de Brasília.

Os interessados deverão anexar dois documentos:

  • PDF 1: Proposta do projeto para a residência, com plano de trabalho, desenhos, esquemas, assim como uma lista de recursos necessários para o desenvolvimento da pesquisa/trabalho (imagens e texto com no máximo 3 páginas A4); Nome do documento: PDF1-NomeDoAplicante.pdf
  • PDF 2: Portfólio e currículo. Nome do documento: PDF2-NomeDoAplicante.pdf

Para saber mais, leia o edital completo!

Leia também: Artista esconde enormes esculturas de madeira em uma floresta dinamarquesa

Read Previous

OSESP- VAGA SUPERVISOR DE AUDIOVISUAL

Read Next

Edital aberto para o “IX Salão de Artes Levino Fanzeres”

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *