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Plano de aula: Aprendendo as proporções no desenho do corpo humano, desenvolvimento de um vestuário e de um tema artístico: Pré-história, com diversas indagações
Esta publicação se refere a um plano de aula realizado para o curso em que fiz como estudante, denominado “PROGRAMA ATIVAR: Metodologias Ativas por WhatsApp“, lecionado pela professora Elaine Vidal, Silvia Collelo e outros professores da Faculdade de Educação _Universidade de São Paulo. O processo de ensino-aprendizagem não foi somente o desenho em si, mas também o tema do homem pré-histórico como cenário para o desenho do corpo humano. Assim, durante à exposição e conversas dos trabalhos produzidos pelos estudantes e durante as conversas sobre os trabalhos produzidos, surgiram inquietações e indagações dos estudantes sobre seus desenhos, culminando também nas reflexões sobre o artista Van Gogh na exposição Beyound Van Gogh.
INTRODUÇÃO
No projeto “Aprendendo as proporções no desenho do corpo humano, desenvolvimento de um vestuário e de um tema artístico: Pré-história, com diversas indagações”, foi percebido que os estudantes tinham muito interesse em desenvolver desenhos e “aprender a desenhar”. Assim, foi a partir de um boneco articulado e uma folha A3 que surgiram as aulas, com os temas de desenho de observação com proporção. Mas, nas aulas foram surgindo indagações com diversos assuntos.
DESENVOLVIMENTO:
No primeiro momento, foi pensado em dividir a folha A3, com uma linha horizontal em três partes, um espaço para a cabeça, outro para o corpo até o quadril e a última para as pernas e pés. Assim, pensei em todos os estudos que realizei enquanto aluna (antes de ser professora) e em todo o percurso que fiz para aprender a desenhar, e explicar aos estudantes que a proporção se tem uma medida para servir para a construção de todas as outras medidas, e essa é a referência para construir todas as outras partes. Por exemplo, muitos estudos se referem que a medida da cabeça serve para a construção do corpo todo, então, no pescoço até o quadril, dependendo da pessoa e da sua idade, temos a medida de duas cabeças. Neste vídeo há a explicação de algumas técnicas do desenho de proporção: Desenho do corpo humano / Proporção. Disponível em: https://www.youtube.com/watch? v=czrR5FVliIs Acesso em: 29 mai.2022 Entretanto, como o desenho também era de observação e a aula presencial, foi utilizado um boneco articulado que no caso serviu para observar movimentos e as proporções reais, por exemplo, foi realizado o desenho da cabeça, assim a proposta era de fecharem um olho e medirem com o lápis o tamanho da cabeça e repassarem para o papel esta medida. Assim, medimos o corpo com a medida da cabeça e os alunos aos poucos foram compreendendo o sentido da proporção e como se passava essa medida para o papel. Posteriormente, os alunos desenharam o vestuário pensando em como estariam neste desenho e alguns desenharam também personagens. Na próxima etapa, foi inserido neste desenho, um momento da Arte e foi escolhido os primeiros momentos sendo a Pré- História e a Arte Rupestre, e uma pergunta: como seria este “desenho do boneco articulado já com o vestuário” com os cenários da Pré-história. Alguns estudantes pediram se poderia desenhar vulcões, dinossauros e outros tipos de cenários. Primeiro, houve a explicação sobre a Pré-história e a Arte Rupestre”, um deles foi um pequeno trecho de “História da Arte”, de Graça Proença que o homem pré-histórico surgiu aproximadamente 12 mil anos atrás em diversos continentes, segundo os estudos dos arqueólogos. Também existiram vários modos de como produziram seus desenhos e instrumentos de caça. Segundo Laura Aidar, em “Arte Rupestre”, os primeiros desenhos foram as “Mãos em negativo”, onde sobrepunham suas mãos nas rochas das cavernas e assopravam uma espécie de pigmento por onde deixavam marcado a silhueta das mãos e foram abordados vários assuntos sobre este tema. Os alunos do 5° C do ensino fundamental, da EMEF Professor Oscar Ramos Arantes em Taboão da Serra, São Paulo, auxiliaram na montagem da exposição com duas varas de bambu, foi disposto e amarrado linhas de barbante para expor os desenhos e assim foi o processo de montagem enquanto montavam comparavam os desenhos, dizendo “- O meu está feio” “-Olha este!!!” e entre outros. Mas o mais intrigante, foi que um estudante disse sobre seu desenho estar esquisito e os outros estudantes concordaram, e eu enquanto professora, perguntei o por quê achavam esquisito. Eles disseram porque é fora do normal, diferente e estranho. Então, quando chegamos na sala de aula eles tomaram a atitude de pesquisar a palavra esquisito no dicionário Michaelis e uma estudante leu para os demais, e na resposta era aproximadamente este significado “estranho; fora do comum;” como também consta em (MEU DICIONÁRIO.ORG)
A resposta com muitas interrogações
Mas mesmo assim, pensei em algo positivo porque está resposta para um trabalho de um estudante me incomodava e respondi a ele que seu desenho não era esquisito, também observei que o desenho dele era diferente de todos, mas não esquisito. Assim, ao pensar em minha mente veio a ideia da exposição “BEYOND VAN GOGH BRASIL”, pensei tudo o que tinha estudado sobre Van Gogh e visto nesta exposição,assim por mais que o artista Van Gogh tenha “lutado”, por seus trabalhos serem reconhecidos e suas pinturas serem valorizadas, relembrei os textos desta exposição que diziam que naquela época, Van Gogh se sentia diferente dos outros e percebia que até o seu sobrenome em algumas épocas ele parou de assinar por ser difícil pronunciar, somente o que constava era Vincent. E as pessoas o achavam esquisito, disse também que a obra dele foi rejeitada em um certo momento de sua vida e era considerada esquisita. Hoje em dia é aclamada e uma das mais significativas para o mundo. E pelo celular demonstrei alguns trabalhos do artista visto nesta exposição, bem como as projeções. Fez muito sentido para mim esta aula.
Considerações Finais
Considera-se que neste projeto os estudantes e professora, foram além do tema abordado, e nestas aulas foi produzido muitos significados, sentidos e com diversas interações, tanto na linguagem e também no conhecimento. Com interrelações com a história da Arte e com o mundo vivenciado ou vívido, e de observações à interrogações dos estudantes sobre seu modo de produzir desenho e de se conhecer.
O plano de aula está no ” Planejador de Aulas”, do Instituto Iungo e você também pode montar o seu😍