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Mercado de arte e sátira na Netflix: o “Velvet Buzzsaw”
SINOPSE: Quando o mercado da arte colide diretamente com o mercado do comércio, artistas e investidores milionários encontram-se em um duro embate financeiro que pode sacrificar muito mais do que suas carreiras.
Eu sei que não é lançamento desde 2019, mas eu descobri recentemente e acho que o filme “Velvet Buzzsaw”, do diretor Dan Gilroy, foi muito injustiçado e merece uma prosa por aqui. Vou começar pelo elenco: Jake Gyllenhaal, Rene Russo, Toni Collette, Zawe Ashton, Tom Sturridge, Natalia Dyer, Daveed Diggs, Billy Magnussen e John Malkovich. Só por aí, já é possível imaginar certa excentricidade.
E preciso confessar que isso não falta mesmo. É um filme diferente, que apela – no bom sentido da palavra – para um terror psicológico incomum. Tudo isso acaba gerando uma narrativa que causa estranhamento, ao mesmo tempo que provoca curiosidade e aí é que está a graça!
À medida que o espectador é levado pelas histórias que vão se desenrolando no longa, cheia de sarcasmos e sátiras, eu esperava que o ponto central se perdesse, mas não é o que acontece. A ideia de que a arte não é uma mera mercadoria, mas sim algo pessoal, complexo e em constante transformação permanece durante toda a exibição.
O filme é sobre o mercado de arte, mas também sobre ego, vício e ambição. Em meio às contradições e fantasias do universo da arte contemporânea, ele vai brincando e questionando a todo instante as percepções que apresenta.
Longe de mim querer dar um spoiler, mas minhas idas a exposições nunca mais foram as mesmas depois desse filme. Se eu já criava histórias mirabolantes para o espaço das paredes, Velvet Buzzsaw colaborou com a minha loucura. Ou nossa.