Cientistas encontram Túneis de preguiças gigantes.

Duas "paleotocas" foram encontradas em Campo Bom; na foto, o professor Heinrich Theodor Frank, o secretário João Flávio da Rosa e o biólogo Jeferson Timm — Foto: Gabriel Silveira/Prefeitura de Campo Bom

Durante o processo de terraplanagem na região de Campo Bom, uma empresa encontrou “Paleotocas” (tocas das preguiças gigantes).

Inicialmente, suspeitavam que as fossem habitat de tatus gigantes, mas com o intuito de obter maiores informações e registrar o evento científico, a prefeitura convidou o professor de mineralogia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Heinrich Theodor Frank, que atestou a descoberta.




Duas “paleotocas” foram encontradas em Campo Bom; na foto, o professor Heinrich Theodor Frank, o secretário João Flávio da Rosa e o biólogo Jeferson Timm — Foto: Gabriel Silveira/Prefeitura de Campo Bom

“A escavação chegou a uma certa profundidade, 6 a 8 metros, e encontrou os túneis. É provável que tenham outras  Paleotocas; mas com um túnel bem conservado, que a gente constatou e fez o registro, foi a primeira mais significativa”, diz biólogo Jeferson Timm.

Mamíferos da Megafauna sul-americana, glossotherium, as preguiças gigantes, segundo o professor Heinrich Frank, tinham garras duras e longas como as espécies atuais. No entanto, não eram lentas nem se penduravam em galhos.

“A preguiça gigante não subia em árvore. Era muito rápida, muito móvel, tipo um urso”, comenta. Frank estima que, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, existam em torno de mil Paleotocas conhecidas.

Duas “paleotocas” foram encontradas em Campo Bom; na foto, o professor Heinrich Theodor Frank e o secretário João Flávio da Rosa — Foto: Gabriel Silveira/Prefeitura de Campo Bom

Apesar da importância do registro, ele não crê que seja necessário preservar todos os exemplares. “Se fossem fósseis, a obra estaria embargada. Mas, por não haver previsão legal, fica em segundo plano. Não tem fósseis, só a toca mesmo”, acrescenta Jeferson.

Preguiças gigantes da espécie glossotherium são prováveis ocupantes de toca encontrada em Campo Bom — Foto: Renato Lopes/Projeto Paleotocas/Divulgação

Mesmo assim, a descoberta confirma um fato novo que deve ser acrescido à história da cidade: o Rio Grande do Sul foi um habitat de preguiças gigantes.

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