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Centro Cultural Correios (SP) abre exposição: Territórios, rupturas e suas memórias (grátis)
O Centro Cultural dos Correios vai inaugurar no dia 6 de outubro de 2022, às 16h, a exposição “Territórios, rupturas e suas memórias”, com um conjunto de mais de 20 obras inéditas da artista Jeane Terra, resultantes de sua vivência no final de 2021 nas cidades baianas de Sobradinho, Remanso, Casa Nova, Pilão Arcado e Sento Sé, durante a seca do Rio São Francisco. Essas cidades foram inundadas para a construção da barragem Sobradinho e da Usina Luiz Gonzaga, na década de 1970.
“Como alertou na época a música de Sá e Guarabira, aquela região do sertão virou mar”, conta a artista. “Pelo menos 100 mil pessoas tiveram que deixar sua terra natal e se deslocaram para as novas demarcações urbanas, levando apenas seus pertences e em alguns casos partes das construções de suas casas”.
Querendo dar continuidade ao seu trabalho sobre o Pontal de Atafona, no norte fluminense, que está sendo tragado pelo mar, e que resultou em uma exposição com curadoria de Agnaldo Faria, Jeane Terra buscou as cidades submersas de Sobradinho, que na época de seca ficam visíveis. As obras ocuparão duas grandes salas do prédio dos Correios, e dois ambientes para as videoinstalações.
Assim, igrejas, hospitais, casarios, barcos e uma grande caixa d’água foram exaustivamente registrados pela artista, e originaram pinturas em sua técnica singular, já patenteada, esculturas em vários materiais, e videoinstalações.
SOBRE JEANE TERRA
Artista mineira (1975) radicada no Rio de Janeiro, Jeane Terra frequentou diversos cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, na Escola Guignard, em Belo Horizonte, entre outros cursos na área. Foi assistente da artista plástica Adriana Varejão por dez anos. Sua pesquisa está atrelada à memória e suas subjetividades, investigando fragmentos e nuances da transitoriedade das cidades, do
apagamento urbano, do crescimento desenfreado das urbes e de sua ocupação.
Muitas vezes autorreferente, seu trabalho gravita a usina ruidosa de onde vem a substância de sua memória. Trabalhando com diferentes suportes, se dedica especialmente à pintura, escultura, fotografia e videoarte. Com treze anos de trajetória, participou de mostras individuais e coletivas no Brasil e no exterior, das quais se destacam: “Escombros, Peles, Resíduos” (março a junho de 2021), Simone Cadinelli
Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “Como habitar o presente? Ato 1 – É tudo nevoeiro codificado” (julho e agosto de 2020) e “Como habitar o presente? Ato 3 – Antecipar o futuro” (outubro de 2020 a 16 de janeiro de 2021), Simone Cadinelli Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “O ovo e a Galinha”, Galeria Simone Cadinelli, Rio de Janeiro, “Exposição 360”, Museu da República, no Rio de Janeiro, “Brasil Arte
Contem- porânea”, Museu Ettore Fico, Turim, Itália, “Abre Alas ”, A Gentil Carioca, Rio de Janeiro(2019); “Projeto Montra”, em Lisboa, em 2013; “Nova Escultura Brasileira – Herança e Diversidade”, na Caixa Cultural Rio de Janeiro, em 2011; e, Biwako Biennale, Japão, em 2010; individual “Um olhar Invisível”, no Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro, e a individual “Inventário”, na Cidade das Artes, Rio de
Janeiro, em 2018.
Serviço: Exposição “Jeane Terra – Territórios, rupturas e suas memórias”
6 de outubro a 12 de novembro de 2022
Centro Cultural Correios Rio de Janeiro
Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro, Rio de Janeiro, CEP 20010-976
Horário: terça a sábado, das 12h às 19h
Entrada gratuita
Classificação: livre
Informações (21) 2253-1580
E-mail: centroculturalrj@correios.com.br
A unidade conta com acesso para pessoas cadeirantes e limita a quantidade de
visitantes, para evitar aglomeração. No local, é recomendado o uso de máscaras.